Em Bom Jardim, Janjão faz balanço de 100 dias e diz que João Lira deixou rombo de R$ 7. 582.059,10 e chama ex-prefeito de ladrão safado e bandido
Em live realizada na noite desta quinta-feira (22), através de suas redes sociais, o prefeito de Bom Jardim, João de Janjão (PL), fez um balanço dos 100 dias de sua gestão. A live foi recheada de acusações contra o ex-prefeito do município, João Lira (PSD), que era chamado o tempo todo pelo atual prefeito de “gabiru, ladrão safado e bandido”. João de Janjão abriu a live mostrando um vídeo de como encontrou a cidade e o que foi feito pela atual gestão neste período. Janjão disse que encontrou uma prefeitura completamente sucateada e com um rombo, segundo ele de R$ 7. 582.059,10 “Iniciamos com muita dificuldade. A cidade estava abandonada, ruas tomadas por lixo, hospital fechado, salários atrasados e dívidas de todos os lados”, denunciou o prefeito. O atual gestor bonjardinense disse que a administração anterior recebeu R$ 4.305.789,55 para a Covid 19, no ano de 2020. “Foram gastos R$ 3.280.459,80, com água podre nos pneus dos carros, álcool em gel vencido, empresas fantasmas e contratos fraudulentos. Já denunciei tudo ao Ministério Público Federal e à DRACO. As ouvidas serão iniciadas em breve. Não conseguimos identificar o paradeiro de R$ 1.025.329,75. Não encontramos os empenhos e comprovação de pagamentos”, detalhou o prefeito. Na live, Janjão também disse ter encontrado um carro ônix , modelo 2017/2018 com peças adulteradas. O prefeito também mostrou todas as empresas que foram contratadas nas suas gestões e que o ex-prefeito disse que são fantasmas. O atual gestor, acusou a gestão anterior de apagar os computadores e formatar os HDs.
Castramóvel começará a funcionar até o começo de maio em Petrolina
Até o começo de maio, a Prefeitura de Petrolina irá dar início ao funcionamento do Castramóvel – veículo que tem estrutura para castração e procedimentos cirúrgicos mais simples em animais de pequeno porte. O veículo já está na cidade e está passando pelos últimos ajustes para que possa começar a realizar os atendimentos coordenados pela Agência Municipal de Vigilância Sanitária. O Castramóvel já está equipado com autoclave, geladeira para vacinas, kits de cirurgia, cilindro de oxigênio e aparelho de anestesia inalatória. Cerca de 50 atendimentos devem ser realizados por semana. Nesse primeiro momento, serão assistidos os animais de rua, que vão ser resgatados, de pontos estratégicos do município, por equipes do Centro de Controle de Zoonoses. O pós-operatório dos bichos deve acontecer no CCZ, depois eles ficarão disponíveis para adoção ou vão ser devolvidos aos locais onde foram resgatados. Para o coordenador do Centro, Kahel Neves, o equipamento só irá trazer benefícios para a sociedade. “O Castramóvel veio em um ótimo momento, vai aumentar a capacidade da instituição em realizar o controle das doenças zoonóticas em Petrolina. Serão castrados aqueles animais que podem ser domesticados, mas que vivem nas ruas. O objetivo é amenizar os problemas que podem ser gerados para a saúde humano”, completa Neves. O equipamento é uma importante conquista para o município. Dois médicos veterinários devem atuar no Castramóvel para realizar os procedimentos. Os profissionais vão passar por treinamento para que estejam aptos a realizarem as atividades da melhor forma. “Neste primeiro momento, os animais serão castrados dentro do próprio CCZ, por conta pandemia e assim evitar aglomerações. Depois vai ser realizada a castração dos animais de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza. Essa atividade está sendo feita em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos para que a gente tenha o cadastro dessas pessoas, e assim possamos realizar os procedimentos o mais breve possível”, completa o diretor-presidente da AMVS.
Igrejas agora são essenciais em Pernambuco
O Projeto de Lei 1094/2020, que torna as Igrejas essenciais em todo Pernambuco, foi aprovado em primeira e segunda votação, nesta quinta-feira(22/04), na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O PL foi aprovado por 46 votos a favor e segue para sanção do governador. “A igreja é abrigo, conforto e cura. A Casa Joaquim Nabuco deu um grande passo. Não queremos aglomerar, todos os cuidados serão respeitados. É o reconhecimento de quem sempre defendeu a vida”, explicou Pr. Cleiton O parlamentar explica como funcionará a Igreja após aprovação. “A espiritualidade foi reconhecida pela OMS como uma forma de cura. Independente se for culto presencial ou online, as portas das Igrejas não podem fechar. O projeto garante a funcionalidade de todos os departamentos como o social, o gabinete pastoral e a intercessão. Todos funcionando para atender a população que precisa”, finalizou Collins.
Governo de Pernambuco mantém medidas restritivas até 9 de maio
O governador Paulo Câmara anunciou, em pronunciamento divulgado nesta quinta-feira (22.04), que os números das últimas três semanas indicam uma estabilização de casos, internações e óbitos devido ao novo coronavírus em Pernambuco, mas com percentuais ainda em um patamar alto. Por conta disso, o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 no Estado decidiu, em reunião realizada ontem (21.04), estender as atuais restrições contidas no Plano de Convivência até o dia 9 de maio, com alguns ajustes que passarão a vigorar a partir da próxima segunda-feira (26). “Vamos autorizar o comércio de praia, de segunda à sexta-feira, das 9h às 16h, mantendo a proibição nos finais de semana. O funcionamento das atividades de maneira geral será estendido, nos finais de semana, até às 18h, para quem iniciar às 10h. Os estabelecimentos que abrirem às 9h só poderão funcionar até às 17h”, detalhou Paulo Câmara. Ainda de acordo com o governador, o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 continuará analisando diariamente os números da pandemia para avaliar a necessidade de novos ajustes para o período a partir de 10 de maio. “Seguimos contando com a compreensão de toda a população pernambucana. É nosso dever manter as atitudes preventivas. Evite aglomerações, higienize as mãos e sempre use máscara”, finalizou.
No Cabo, Keko concede entrevista ao Blog do Jorge Lemos e faz balanço dos 100 dias de gestão
Por Jorge Lemos e Bia Lima O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém (PL) concedeu entrevista ao blog do Jorge Lemos e fez um balanço de sua atuação nos 100 dias de governo. O prefeito falou das ações de combate à Covid 19, atração de investimentos, segurança, educação, saúde e das novas obras que serão iniciadas. A entrevista foi ao ar ontem, nas redes sociais do Blog. Confira 1- Tendo em vista que o município é a quarta economia do estado, como é administrar uma prefeitura diante de uma crise financeira que o país está vivenciando? E quais as ações de combate à covid19? Keko do Armazém- Não só o Cabo, mas outros municípios vêm sofrendo com a queda de arrecadação, e a gente tem feito um verdadeiro malabarismo para fazer ações no combate à covid e ao mesmo tempo, prestando atendimento médico a esses pacientes. Fizemos um ponto fixo de vacinação, um dos maiores da região metropolitana, temos um ponto fixo de testagem, onde estamos fazendo quase 500 testes por dia e inauguramos 24 novos leitos nas nossas Unidades de Saúde para o atendimento dos pacientes com Covid. 2- Um dos seus compromissos de campanha foi de uma política de investimento para o município. Como está essa busca de investimentos para a geração de empregos no Cabo de Santo Agostinho? Keko do Armazém- Desde que assumimos o governo viemos fazendo reuniões com grandes empresários a nível de Brasil. Nós já conseguimos vislumbrar um novo entendimento do ramo empresarial e dos comerciantes. Ontem estive com o Sindilojas, com a CDL e diversas outras organizações aqui do nosso município, recebendo as boas vindas, e percebemos o ânimo da cidade com a nova forma de fazer política. Fizemos reuniões com empreendedores da área de turismo, tendo em vista que a cidade tem uma capacidade turística muito grande. Ao longo dos anos faltaram investimentos para que isso pudesse se transformar em oportunidades para o nosso povo, temos o turismo como um grande gancho para a geração de emprego. 3- Em 2017 a Datafolha fez uma pesquisa, publicada pelo Estado de São Paulo, onde dizia que 70% da população brasileira colocava a segurança pública como responsabilidade dos prefeitos, não como uma responsabilidade institucional. Como está a questão da segurança pública no Cabo, em relação à prevenção? “Não estamos fazendo política olhando no retrovisor, mas é um passado bem próximo, onde em 2019 assumimos a gestão e demos um novo formato à saúde do Cabo”, Keko do Armazém . Keko do Armazém- Nós temos a segurança pública como prioridade da nossa gestão. Em 2019, quando tive oportunidade de administrar essa cidade, fui o único prefeito que conseguiu diminuir esses índices e fazer com que a população sentisse uma percepção de segurança. Conseguiremos diminuir os números com bastante investimento e também com trabalho na área de iluminação, na valorização da guarda municipal e, também, firmando parceria muito importante com a Polícia Militar. Nós temos um outro jeito de lidar com a segurança pública que é com parcerias, conversas e projetos importantes, como temos feito, inclusive, como a ampliação do sistema de videomonitoramento. 4-Nesses 100 dias de governo, qual sua marca na área da educação? Keko do Armazém– A educação é a base de tudo, da não violência, da estrutura familiar. Nós temos investido muito na área de educação, recuperamos diversas escolas para trazer espaços mais dignos e confortáveis para os nossos alunos. Contratamos 417 novos professores e mantivemos os contratados de 2019. Se Deus quiser, ano que vem vamos colocar os 100% em prática e dar um novo dinamismo na educação do nosso município. 5- Como o governo Keko tem enfrentado a saúde no município do Cabo? Keko do Armazém- Não estamos fazendo política olhando no retrovisor, mas é um passado bem próximo, onde em 2019 assumimos a gestão e demos um novo formato à saúde do Cabo. Mudamos a percepção que a população tinha, de uma saúde de péssima qualidade. Os números de rejeição da saúde eram muito altos, mas conseguimos diminuir de 90% para 42%. Colocamos médicos em todas unidades de saúde, equipes foram contratadas, resolvemos a falta de medicamento, aumentamos o quantitativo dos exames e diminuímos uma fila de espera de mais de quatro anos. 6- O que os cabenses podem esperar, a partir de agora, do governo Keko do Armazém? O que vem por aí de ações e obras que o senhor possa antecipar em primeira mão ? Keko do Armazém- Nós temos obras importantes a serem começadas. As obras em Rosário que já começaram, o Centro Educacional, em Ponte dos Carvalhos, a obra no parque da Destilaria. Nós temos ainda, diversas ordens de serviço a serem dadas para que nós possamos seguir um ritmo de obras que a cidade e a população merecem. Em 2019 tivemos mais de 200 obras. O momento hoje é muito diferente, mais difícil por conta da pandemia, há uma perspectiva de queda na arrecadação, mas a gente já mostrou que tem capacidade de administrar uma cidade zelando e economizando o dinheiro público. 7- Qual a ação que marca esses 100 dias de gestão? Keko do Armazém- A campanha de vacinação. Nós temos dado muita ênfase na vacina, mas um fator muito importante é o atendimento que o município vem fazendo aos pacientes com Covid. É a primeira vez que o paciente tem o atendimento aqui no Cabo. Antes, o atendimento era restringido e os pacientes de covid se dirigiam para a UPA, que é do Estado. Nós assumimos essa responsabilidade. Tratar pacientes com covid não é uma coisa fácil, pois a maioria é de casos de alta complexidade e precisam de leitos de UTI. Temos 24 novos leitos e viemos atendendo e estabilizando diversos pacientes. Nós estamos salvando vidas na nossa cidade, e não há ação mais importante do que essa. 8- Como o Cabo está agindo com essa operação inverno, como estão funcionando os mecanismos da prefeitura? Keko do Armazém- Desde janeiro estamos realizando a limpeza dos canais e os serviços
Anderson comemora 100 mil doses aplicadas e anuncia vacinação de idosos a partir de 60 anos contra Covid-19 no Jaboatão
Jaboatão dos Guararapes superou a marca de 100 mil doses aplicadas das vacinas contra a Covid-19, e o resultado foi amplamente comemorado pelo prefeito Anderson Ferreira e todas as equipes da prefeitura envolvidas, direta ou indiretamente, na campanha de imunização. Somente nessa quarta-feira (21), feriado de Tiradentes, mais de três mil idosos – público-alvo desta etapa – receberam as doses nos nove pontos distribuídos pela cidade. Atualmente, o município vacina, das 8h30 às 17h, idosos com idade a partir dos 60 anos. Outro avanço destacado pelo gestor municipal foi a implementação da estratégia que, em apenas três dias, conseguiu reduzir em mil o número de idosos que deixaram de retornar para receber a segunda dose. “Disponibilizamos aparelhos de celular nos nove pontos de drive-thru da cidade para que as equipes pudessem entrar em contato com esses idosos e os lembrar da importância da segunda dose. Em três dias, conseguimos reduzir em 60% o índice de abstinência e, assim, garantir que esse público consiga alcançar a proteção desejada contra o vírus. São avanços que merecem ser celebrados”, destacou Anderson. O prefeito fez questão de ressaltar a importância do cadastro prévio, que deve ser feito pelo aplicativo De Olho na Consulta ou pelo site deolhonaconsulta.jaboatao.pe.gov.br, e que, no ato da vacinação, é preciso apresentar documento oficial com foto e comprovante de residência. O uso de máscara é fator obrigatório para que a imunização seja realizada e não é necessário realizar o agendamento da segunda dose – a data de retorno é informada ao usuário via aplicativo. Funcionam como pontos de vacinação no Jaboatão a UniFG, o Sesc e o Shopping Guararapes, em Piedade; as escolas municipais Iraci Teixeira e Benjamin Constant, localizadas nos bairros do Curado e Socorro, respectivamente; a Casa da Cultura, em Jaboatão Centro; o Palácio da Batalha e o Centro Cultural Miguel Arraes, em Prazeres; e a Praça Murilo Braga, no bairro de Cavaleiro.
Custo excessivo reabre debate sobre a utilidade e necessidade de vereadores
O alto custo das câmaras municipais faz retomar a discussão sobre a utilidade do vereador, que passam quatro anos deliberando obviedades, até voltarem a atuar como cabos eleitorais. Duro para os municípios é sustentá-los entre uma eleição e outra. Levantamento recente indicou que 31 municípios paulistas não arrecadam o bastante para bancar sua Câmara Municipal. Borá, o menor deles, arrecada R$532 mil por ano e gasta R$720 mil com vereadores que aparecem duas vezes ao mês. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Para a Federação das Indústrias do Rio e a Confederação Nacional dos Municípios, mais de 80% dos municípios não se sustentam. Proposta recorrente é o fim do vereador em cidades abaixo de 2 milhões de habitantes, criando câmaras de grupos de municípios, como nos EUA. Em 1.856 prefeituras (34,8%), as receitas geradas não pagam a Câmara Municipal e nem a estrutura administrativa da prefeitura. Em 2016, segundo a Firjan, 81,7% (3.714) dos municípios brasileiros, não geraram nem 20% de suas receitas. O resto vem do governo federal.
O Terceiro Turno diante da Reeleição para Presidente
Por Marcello Gadelha No Brasil, foi no Governo de Fernando Henrique que o instituto da reeleição foi aprovado, dando-lhe o direito a um segundo mandato através da aprovação da Emenda Constitucional nº 16, de 1997, abrindo a possibilidade de reeleição para os ocupantes de cargos no Poder Executivo em todos os níveis de governo, ou seja, de prefeito, governador e presidente da República. Passados os anos o próprio ex-presidente FHC, em artigo publicado, fez sua autocrítica. Dizem os mais experientes que depois de uma certa idade é permitido a qualquer um falar o que sente, e o que tem vontade, sem se policiar diante da realidade de como ver os fatos, se irá causar estranheza ou desconforto a outrem. De certo, no auge de seus 89 anos, talvez seja o caso do ex-presidente que com uma sinceridade senil externou em artigo publicado a sua culpa diante da reeleição: “Cabe aqui uma ‘mea culpa’. Permiti, e por fim aceitei, o instituto da reeleição. Verdade que, ainda no primeiro mandato, fiz um discurso no Itamaraty anunciando que ‘as trevas’ se aproximavam: pediríamos socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Não é desculpa. Sabia, e continuo pensando assim, que um mandato de quatro anos é pouco para ‘fazer algo’. Tinha em mente o que acontece nos Estados Unidos. Visto de hoje, entretanto, imaginar que os presidentes não farão o impossível para ganhar a reeleição é ingenuidade”. … “Devo reconhecer que, historicamente, foi um erro. Se quatro anos são insuficientes e seis parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no quarto ano o eleitorado dê um voto de tipo ‘plebiscitário’, seria preferível termos um mandato de cinco anos e ponto final”. Por iguais razões, nos EUA o presidente é eleito pelo povo de forma indireta, através do Colégio Eleitoral, para um mandato de quatro anos, com um limite de dois mandatos consecutivos imposto pela Vigésima Segunda Emenda Constitucional, ratificada em 1951. Em consonância com a Emenda XXII, nenhum estadunidense poderá ser eleito mais de duas vezes para o cargo de Presidente. Qualquer pessoa que tenha sido eleita Presidente, ou exercido o cargo de Presidente por mais de dois anos de um período para o qual outra pessoa tenha sido eleita Presidente, poderá ser eleita para o mesmo cargo de Presidente mais de uma vez. Os últimos acontecimentos na política e nos Tribunais (leia-se STF), mediante a reconquista dos direitos políticos por parte do ex-presidente Lula, vêm demostrando quanto a Reeleição é maléfica para as instituições e para a Democracia. A possibilidade de Reeleição “ad infinitum”, respeitando o limite de dois mandatos consecutivos para o mesmo cargo, vem mobilizando enormes energias, o que engessa a possibilidade de renovação na política com o surgimento de novas lideranças e a oxigenação e preservação da nossa democracia. É inevitável deduzir que tudo o que aconteceu desde a operação Lava Jato e seus desdobramentos na política com a eleição do presidente Bolsonaro se deve à possibilidade do dispositivo constitucional da Reeleição, no caso específico do ex-presidente Lula. A par disso, deixo uma constatação “no ar” para reflexão. Caso não tivéssemos o instituto da Reeleição como ele é hoje, possivelmente o curso da história política e democrática no Brasil tivesse sido outro. Por fim, talvez fosse o momento para o próximo presidente eleito assumir esse compromisso ou o Congresso Nacional, agir neste sentido e colocar, na ordem do dia, proposta de Emenda Constitucional que atenda aos favoráveis e contrários à reeleição no sentido de permitir apenas uma única Reeleição para presidente da República. Ficaria o presidente, assim, impedido de concorrer por mais de duas vezes para o mesmo cargo do executivo. Ao final, a democracia e a preservação do cargo de Presidente da República como é nas nações que defendem a alternância no poder, agradeceriam.
Cabral ou Pinzón? Depois de 521 anos descobrimento do Brasil ainda é debatido
Dia 22 de abril marca a data oficial do Descobrimento do Brasil. Porém, uma versão alternativa da história diz que quem chegou primeiro às terras tupiniquins foi o navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón. Segundo relatos, Pinzón desembarcou no litoral nordestino 3 meses antes de Pedro Álvares Cabral —que tem os créditos da descoberta. E para alguns historiadores trata-se de um fato com evidências incontestáveis, registros e data certa. Em novembro de 1499, Pinzón saiu de Palos, no sul da Espanha, chefiando 4 caravelas em direção ao oeste do arquipélago de Cabo Verde, no Oceano Atlântico. Mas, quando foi embora em 13 de janeiro, enfrentou fortes tempestades e, rapidamente, avistou terra firme. No dia 26 de janeiro de 1500, Pinzón desembarcou em um local que batizou de “Santa Maria de la Consolación”, lugar que descreveu como dono de uma beleza indizível, que seria o litoral do Nordeste do Brasil. A localização exata é motivo de debate entre estudiosos, já que alguns acreditam que trata-se do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e outros pensam ser a praia de Ponta Grossa, no Ceará. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o almirante Max Justo Guedes, historiador e autor do livro “O descobrimento do Brasil” que morreu em 2011, afirmou que Pinzón conta em seus diários de bordo que, em determinado momento, a tripulação perdeu de vista a estrela Polar, o que indica que cruzaram a linha do Equador e seria inevitável não desembarcar no litoral brasileiro nesse caso. QUEM FOI PINZÓN Vicente Pinzón (1462-1514) foi um famoso navegador. Na juventude, praticava pirataria nas águas do Mediterrâneo para roubar açúcar e distribuir entre moradores pobres de Palos, sua cidade natal na Espanha. Quando adulto, navegava com seus irmãos, Martin Alonso e Francisco, e comercializava sardinha entre o Mediterrâneo e o Norte da Europa. Foi comandante da “Niña”, embarcação que guiou a viagem pioneira de Cristovão Colombo até a América em 1492. POR QUE NÃO FICOU COM AS TERRAS BRASILEIRAS? Pinzón não tomou posse das terras brasileiras por 2 motivos: Conflitos com nativos e o Tratado de Tordesilhas. Ao chegar no Brasil, o navegador encontrou muita hostilidade por parte do povo potiguara que vivia na região. Aconteceu um confronto entre 20 tripulantes e 40 indígenas, que resultou em várias mortes. Pinzón capturou alguns indígenas e os levou para a Espanha como escravos. Portugal e Espanha dominaram os oceanos no século 15 e foram países chaves da expansão marítima europeia. Para demarcar a posse das terras, assinaram o Tratado de Tordesilhas e dividiram o recém descoberto “Novo Mundo”. O Tratado dividiu as terras descobertas em 2 partes. Uma linha imaginária garantiu os direitos de exploração das terras a Oeste de Cabo Verde para a coroa espanhola e as a leste para Portugal. Quando Pinzón chegou ao Brasil, 6 anos após a assinatura do Tratado, a frota partiu em direção ao Oeste, portanto, ele sabia que estava em terras portuguesas. POROROCA Depois de continuar sua viagem costeira, por cerca de 240 quilômetros a noroeste da ponta de Jericoacoara, a tripulação da fontilha de Pinzón escutou um estrondo contínuo. Apavorados, perceberam que os navios foram agitados por fortíssimas correntes marítimas. Notaram que as águas que retiravam do convés com baldes não eram salgadas e sim doces. Os estrondos que causaram pavor na tripulação e quase afundou as embarcações era o encontro das águas do rio Amazonas com o Oceano Atlântico, a Pororoca. Os europeus registraram o fenômeno pela 1ª vez. Ao seguir em frente, atingiram a foz do rio. A partir daí, os espanhóis deduziram que um curso de água daquele tamanho só poderia nascer de grandes montanhas. Foi assim que concluíram que a terra que o rio banhava deveria ser um continente e pensaram ter encontrado a Ásia. Pinzón estava na baía de Marajó e batizou de Santa Maria de La Mar Dulce o que era, na verdade, o rio Amazonas. Atribui-se a ele o título de descobridor do Amazonas por causa da descrição minuciosa que fez da região. Apesar da viagem ter sido um desastre econômico, tornou-se uma das mais importantes realizadas pelos espanhóis devido aos resultados geográficos. As descobertas foram úteis para o navegador e cartógrafo espanhol Juan de La Cosa (1460-1510), autor do primeiro planisfério no qual aparece representado o Novo Mundo, e o navegador italiano Américo Vespúcio (1451-1512). CELEBRADO EM ESCOLAS E FESTIVAL No ano 2000, o debate para saber o local do primeiro desembarque de Pinzón foi motivo de disputa entre Pernambuco e Ceará. Os Estados fizeram uma campanha para reivindicar a localização do fato histórico. O município de Cabo de Santo Agostinho afirmou existirem evidências históricas de que Pinzón desembarcou ali. Historiadores do município chegaram a buscar apoio para a tese nos registros contidos no chamado “Arquivo de Índias”, instalado em Sevilha, na Espanha. Mas a discussão não teve um fim, por não existir concordância entre os historiadores e provas que embasam um lado. Nos documentos do Arquivo de Índias, existe um relato de Pinzón sobre a viagem feito 13 anos depois do desembarque. Nele, o espanhol descreve o local onde aportou e cita os arrecifes de corais que encontrou. Esse tipo de barreira natural é comum no litoral nordestino da Bahia até o Rio Grande do Norte, mas no Ceará não existe. Apesar do debate pela localização do fato histórico, o município de Cabo de Santo Agostinho (PE) ganha de Icapuí (CE) quando o assunto é celebração. O navegador dá nome a um festival que se realiza todo ano em 26 de janeiro, dia em que acreditam que Pinzón tenha pisado no Brasil. Algumas escolas do município chegam a ensinar o dia como data oficial do descobrimento do Brasil, dando os créditos ao espanhol sem citar Pedro Álvares Cabral. Em 2002, o então deputado João Feu Rosa (PSDB) apresentou um projeto de lei para alterar a data oficial do descobrimento do Brasil de 22 de abril de 1500 para 26 de janeiro de 1500, mas a proposta não foi aprovada. O jornalista Rodolfo Espínola, que morreu em 2010, foi
Fim da pandemia pode ser só em 2023, diz diretor de pesquisas do Butantan
A pandemia de coronavírus deve se estender até 2023. A previsão, feita pelo diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, não significa que as restrições que o país –e boa parte do mundo– enfrenta no momento serão mantidas até lá. Haverá uma flexibilização à medida em que a vacinação avance. “A gente tem que entender que esse vírus veio para ficar. E, como acontece com a influenza [vírus da gripe], nós vamos ter que aprender a conviver com ele”, afirmou em entrevista ao Poder360. “Nós temos casos de pessoas com influenza grave todos os anos. Pessoas que morrem e temos vacinação. O que acontece? Colocamos a Influenza em um nível que é manejável para o sistema de saúde e manejável para a sociedade”, detalhou. O processo, para ser efetivo, precisa de coordenação global, já que novas variantes podem aparecer e dificultar o processo de vacinação. “Como tenho falado, desta temos que sair todos juntos. Isso será parte do problema. Estamos vendo um acesso muito desigual a recursos no mundo e isso vai fazer com que vários países tenham demora em incorporar medidas profiláticas“, disse. Como parte desse processo de adaptação social e do sistema de saúde à vacina, Palácios lidera duas iniciativas do Instituto Butantan que tem potencial de ajudar na reversão do quadro de mortes e esgotamento do sistema de saúde. De um lado, o Butantan produz um soro anticovid. O laboratório também é responsável pelas pesquisas da ButanVac, uma vacina nacional que pode reduzir os custos de produção de imunizantes. Sobre o soro, ele alerta que é necessário modular as expectativas. “É para casos que estão no início. Isso tem que ser colocado. Uma pessoa vai evoluir para um caso grave perto da 2ª semana. A ideia é poder chegar a tempo e fazer uma intervenção para interromper o avanço para um caso grave”, explicou. A nova vacina, por outro lado, tem potencial de auxiliar a CoronaVac, que é produzida em parceria com a chinesa Sinovac, por utilizar um método distinto, para o qual o instituto já tem todas as instalações montadas. “É a mesma [fábrica] que usamos para a vacina de influenza, na qual o Butantan é dos grandes produtores do mundo. Está pronta e o Butantan já realizou os lotes de testes para a vacina. Quando falamos que já é do Butantan por completo, é porque já produzimos”, explicou. Com Informações do Poder 360